segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A Magia do Natal!! - Parte 2

Olá,
aqui está a segunda parte do conto de Natal. Em princípio, amanha postarei a 3º parte.
Peço desculpa por não ter postado mais cedo mas a época natalícia é sempre muito ocupada cá em casa.
Espero que gostem!!!! :)


Levantei-me e abri a porta.
Um homem de mais ou menos 45 anos e um rapaz de mais ou menos 22 anos encontravam-se na entrada da minha porta. O homem tinha cabelos castanhos com algumas mechas brancas, olhos verdes e o seu sorriso era igual ao sorriso com que eu sempre sonhava, pois aquele homem era Pierre, o meu pai.
Fiquei paralisada com a enxurrada de lembranças que voltaram, com a simples imagem do seu rosto. O seu sorriso quando voltava de viagem e via-me a correr para ir ter com ele, o seu olhar carinhoso sempre que me ia deitar, a alegria que tinha de vida (era uma alegria tão grande que até uma criança de 4 anos a conseguia perceber).
- Ola, Marie! – Diz o meu pai ainda a sorrir, ao não me ver reagir acrescenta com o sobrolho ligeiramente franzido. – Sou eu, o teu pai.
- Eu sei. – Respondo eu voltando à realidade. Uma lágrima escorre-me pela cara a baixo e eu não fiz nada para a parar. Em vez disso, afasto-me para o lado e fiz sinal para que eles entrassem. Quando o rapaz passou por mim percebi que ele era realmente lindo, ainda não lhe tinha prestado muita atenção. Tinha cabelo preto, olhos azuis e podia-se perceber os músculos por baixo do fato que vestia.
Conduzo os dois para a cozinha/sala e sirvo-lhes chá. Sento-me envergonhada por não ter mais nada para lhes servir mas a minha mãe já tinha acabado com todas as bebidas alcoólicas cá de casa à muito tempo e o café tinha acabado à dois dias, como ainda não tinha recebido este mês, não tinha dinheiro para desperdiçar com café.
Sento-me na mesa à beira deles e resolvi iniciar a conversa.
- Só li hoje a carta.
- A carta? Mas ela estava endereçada à tua mãe? – Responde-me o meu pai com o sobrolho franzido.
- Ela não se mantém tempo suficiente sóbria para ler a correspondência. – Respondo envergonhada.
- Está tão mau assim?
 - Sim. – Respondo concisa.
- Desculpa. – Diz ele. Nos seus olhos podia-se ver todo o seu arrependimento, senti-me mal por isso. Na minha cabeça a culpa de tudo era da minha mãe mas eu sabia que não era verdade. O meu pai também tinha a culpa de muita coisa, eu é que sempre o considerei perfeito, talvez por a última vez que o vi ser apenas uma criança que idolatrava o pai.
- Porque que nunca nos vieste buscar?
- Porque achei que vocês iam ficar melhor com a vossa mãe, ao fim dum mês pus um detetive atrás de vocês pois queria ver-te e à tua irmã, o detetive demorou certa de meio ano a encontrar-vos. Então, nessa altura que tentei convencer a vossa mãe a deixar-vos vir passar ferias comigo, foi também nessa altura que mandei o divórcio para que ela assinasse, junto mandei uma carta a explicar que não pediria a vossa custodia se ela deixasse vocês irem passar as ferias comigo e disse-lhe que mandaria também 600 euros por mês para ti e para a tua irmã. A tua mãe nunca me respondeu simplesmente mandou-me os papeis do divorcio assinados e fugiu novamente com vocês as duas.
- Eu nem se quer sabia que vocês estavam separados nem que tu nos mandavas dinheiro. – Disse. O meu pai olhou para mim, triste.
- Eu não sabia que as coisas estavam tão mal assim.
- Mas tu na carta disseste que tinhas um detetive a vigiar-nos, como é que é possível não saberes como é que estavam as coisas? – Pergunto-lhe confusa.
- Não sei, sinceramente, não sei. Eu sempre pensei que vocês tivessem pelo menos uma vida segura, em termos de dinheiro. Sempre foi isso que o detetive deu a intender. – Responde ele, parecia um pouco zangado.
- Eu sempre disse que não confiava naquele detetive. – Comenta o rapaz, que eu não conhecia, com desprezo. – Não me admirava nada que a Isabel tivesse pago ao detetive para te mentir durante todos estes anos.
- Com que dinheiro? – Pergunto-lhe eu, acabando por defender a minha mãe mesmo sem querer.
- O que o teu pai mandava para vocês. – Responde ele rapidamente. Não gostei nada que ele, um total desconhecido para mim, estivesse a acusar a minha mãe mas, simplesmente, lhe dirigi um olhar assassino em vez de lhe responder.
O meu pai ao perceber que o ambiente estava a ficar um pouco hostil lembrou-se que ainda não nos tinha apresentado.
- Ó meu Deus! No meio desta confusão toda esqueci-me de vos apresentar. Marie este é o Christofer.
- Nós já nos conhecemos. – Diz o rapaz, que eu agora sei que se chama Christofer, com um ar aborrecido.
- Conhecemos?! – Pergunto espantada. – De onde?
- Da infância. Nós costumávamos ser inseparáveis. – Diz com o olhar suave e um pouco distante, como se estivesse a lembrar-se de alguma coisa.
 - Não me lembro de ti. – Mal acabo de falar e percebo que estou a ser um pouco rude e nem sequer sei porquê.


Comentem, por favor!!!

- Katra

sábado, 21 de dezembro de 2013

A Magia do Natal!! - Parte 1

Aqui está o conto que vos falei... Vou posta-lo por partes, pois é um pouco grande e eu ainda não o acabei de escrever :) Espero que gostem!
Comentem!!! :)


É Natal!
Podemos afirmar isso só de olhar para as montras decoradas com pinheiros de Natal, fitas, bolinhas e luzinhas coloridas a piscar em todo o lado. Como se não bastasse, este ano está a nevar.
No Porto raramente neva no Inverno mas este ano, só para deixar as coisas mais melodramáticas do que já são, neva.
Toda a gente adora o Natal e eu até consigo perceber porquê, quer dizer, receber prendas, juntar a família e montar toda a decoração de Natal parece realmente ótimo e super divertido. Para quem tem uma família.
Eu nunca tive um Natal assim, pelo menos que me lembre. Eu e a minha irmã vivemos com a nossa mãe, não conhecemos mais ninguém da nossa família, nem se quer de fotografias. Quando tinha vinte anos, a minha mãe fugiu connosco de França e consequentemente de toda a nossa família. Eu tinha quatro anos e a minha irmã dois quando isso aconteceu, desde então já se tinham passado quatorze anos.
Esta é uma das razões de porque eu odeio o Natal, ao longo dos anos muitas outras razões foram aparecendo. Por exemplo, o facto de a minha mãe estar sempre bêbada no Natal (ou em qualquer outra ocasião) é também uma razão.
Apesar disso todos os anos, a minha irmã, Mimi, faz questão de elaborar uma grande festa com tudo o que temos direito: árvore de Natal, rabanadas, bacalhau, bolo-rei, pão-de-ló…
Eu consigo percebe-la. Ela não consegue aceitar que nos não somos uma família normal, ela necessita urgentemente de uma família normal. E isto é o que mais me doí, o facto de a minha irmã não conseguir ultrapassar o que se passou à já quatorze anos.
Suponho que fosse mais fácil de ultrapassar o que se passou se, ao menos, soubéssemos que realmente se passou. A única coisa que eu e a minha irmã sabemos é o que a nossa mãe nos contou quando eu tinha mais ou menos 10 anos. Ela contou-nos que o nosso pai tinha uma amante e que ela só conseguia pensar num solução, fugir, disse também que era por isso que bebia tanto. Sinceramente não parece muito verdadeiro para mim, essa não é a imagem que eu tenho do meu pai. Lembro de pensar que ele era o melhor pai do mundo, ele viajava muito mas sempre trazia brinquedos para mim e para a minha irmã. Lembro-me também que os meus pais passavam a vida a discutir mas não consigo acreditar que o meu pai fosse capaz de trair a minha mãe. Mas depois lembro-me que nestes quatorze anos ele nunca sequer tentou encontrar-nos, quer dizer, se realmente gostava assim tanto de nós deveria ao menos tentar encontrar-nos.
 Os dois primeiros anos que passamos em Portugal ficamos a maior parte do tempo em casa de uma vizinhas que tinham pena da minha mãe. A minha mãe não teve grandes problemas de adaptação, vem de uma família que emigrou para França e que atualmente se encontrava muito bem de finanças, então alem de falar muito bem a língua, conhecia muito bem o país pois tinha cá vindo muitas vezes passar férias com a família. Assim sendo, arranjou facilmente emprego, o problema é que mais cedo ou mais tarde os patrões percebiam que ela andava bêbeda em serviço. Durante este tempo, eu tinha esperanças que o meu pai me viesse buscar, em realidade, fazia planos para quando ele me viesse buscar. Finalmente convenci-me que ele nunca viria, então deixamos de ir para casa das vizinhas e comecei a ser eu a tomar conta da minha irmã de cinco anos enquanto eu tinha sete. Também já tinha percebido que a minha mãe não era uma mãe normal por isso tentava manter-nos, a mim e à minha irmã, o mais longe possível dela.
Atualmente tenho dezoito anos e muito pouca coisa mudou na minha vida, a não ser a carta que tinha escondida no meu bolso. Estava dirigida à minha mãe mas ela andava tão bêbeda que tenho a certeza que nunca desconfiaria. A carta vinha de França e estava assinada com Pierre, esse é o nome do meu pai, e esta foi a razão de ter ficado com a carta pois, apesar de já se terem passado quatorze anos, aquela esperança que tinha em criança ainda se encontra viva dentro de mim, mesmo com tudo que fiz para a matar.
Ainda não contei nada à minha irmã, pois esta, mais do que eu, tem esperança que um dia o pai a venha resgatar desta vida difícil. Não quero direciona-la se em realidade não for algo de bom.
Hoje é dia 20 de Dezembro, faltam cinco dias para o Natal, e encontro abro a carta espero que algum milagre de Natal acontece e que esta carta seja algo que possa sustentar as nossas esperanças.
“ Ola Isabel,
Sei que não nos falamos à muito tempo mas na última carta que te enviei há treze anos, quando finalmente te encontrei, avisei-te que voltaríamos a falar sobre as nossas filhas. Agora que Marie é já maior de idade vou a Portugal, preciso de conhece-la e à Mimi também mas sei que não me vais deixar aproximar dela até que ela seja legalmente maior de idade e tu não possas fazer nada contra.
Estarei em Portugal no dia 20 de Dezembro. Não te incomodes em fugir, desde que descobri onde te encontravas que tenho um detetive a enviar-me relatórios sobre as minhas filhas. Saberei onde estás fujam para onde fugirem.
Espero que avises Marie sobre a minha chegada, se não ela vai saber da minha presença de qualquer maneira, só preferia que não fosse um choque para ela.
Até breve,
Pierre.”
Lágrimas escorriam pela minha cara a baixo quando terminei a leitura desta carta. O meu pai sempre quis saber de nós, sempre nos amou, este era o único pensamento que permanecia na minha cabeça.

Neste momento, a campainha tocou.



Até a próxima parte!!!

- Katra

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ausência :(

Olá!
Só vim dizer que até mais ou menos dia 20 de Dezembro não vou postar mais nada :(
Estou a escrever uma nova história e não quero começar a publicar ate ter mais ou menos 3 capítulos escritos. Fora isso, também estou a escrever um conto de Natal :)
Espero que não desistam do nosso blog e que gostem das nossas próximas histórias.


- Katra

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Tudo que perdi... - Capitulo 4

Olá!
Desculpem por ter demorado tanto tempo a postar um novo capítulo mas tive cheia de testes.
Queria pedir, mais uma vez, que comentassem porque assim eu sei se alguém algum está acompanhar e a gostar. Se não houverem comentários, eu deixo de postar pois não vou postar uma história que ninguém goste, e tento novamente com outra história :)
Bom, é tudo por hoje, espero que gostem do capítulo!
Beijos :)



Já se tinham passado dois meses desde da conversa que Ana e Adam tinham tido no consultório deste, neste tempo Ana e Adam tinham entrado numa rotina, todos os Sábados e quartas-feiras almoçavam juntos, tornaram-se grandes amigos. A princípio Ana não deixou Adam chegar muito perto, tinha medo que se chegasse perto dele e começasse a gostar dele, ele iria embora tal como toda a gente tinha ido. Mas Adam não lhe deu outra escolha a não ser deixá-lo se aproximar, sempre que ela tinha algum problema ou ficava triste, perdida nas suas memórias, Adam aparecia e a fazia sorrir, então mesmo contra a sua vontade Ana começou a gostar de Adam e ele acabou por se tornar o seu melhor amigo, não que ela fosse admitir isso, pelo menos por enquanto.
Enquanto isso, Adam foi descobrindo dentro de si sentimentos desconhecidos, algo que ele nunca tinha sentido e nunca tinha esperado sentir, especialmente por Ana, a ex-noiva do seu melhor amigo. Naqueles dois meses que ele passou com ela percebeu porque o seu melhor amigo se apaixonou por ela e muito lentamente acabou, também ele, por se apaixonar.
Desde que conseguiu identificar os sentimentos que cresciam dentro de si, ele tinha ataques de culpa por pensar em Ana sexualmente, afinal ela era noiva de Rodrigo.
Ana não tinha nem ideia do que se passa na cabeça de Adam, quando pensava nele era com muito carinho e com algum medo, pois achava que ele ia acabar por ir embora, essa ideia era uma obsessão para ela, e Adam sabia disso.
Hoje iam jantar juntos, pois Ana tinha tido uma reunião e não tinham podido almoçar juntos como de costume. Adam estava um pouco nervoso, ia-se ausentar por três dias para participar de uma palestra numa universidade de medicina e não sabia como Ana ia reagir à notícia. Não queria que ela pensasse que a ia abandonar. Tudo bem, parecia exagerado achar que ela ia entrar em pânico só por três dias mas Adam sabia que ela já tinha perdido muita gente, então ia explicar-lhe tudo direitinho para que ela não sofresse qualquer tipo de ansiedade em relação à sua ausência. Esperava realmente que tudo corre-se bem.
- Boa noite. – Diz Adam dando um beijo no rosto de Ana quando chegou ao restaurante e a encontrou já sentada na mesa à sua espera.
- Boa noite. – Respondeu ela com um alegre sorriso. No último mês, ela tinha começado a sorrir mais, isso agradava muito a Adam. Ana tinha um sorriso lindo.
Adam sentou-se e ficou uns momentos a admirar Ana enquanto ela lia a ementa. Era linda, cheia de vida. Nestes últimos dois meses, Adam tinha visto a alegria que ela sentia pela vida voltar muito lentamente para os olhos de Ana. Sentia-se feliz por ela, era bom ver que Ana voltava a ser como era antes, mesmo que nunca a tivesse conhecido como ela era antes de Rodrigo morrer sabia que era exatamente como estava a voltar a ser. Ele sabia que ela tinha uma enorme alegria de viver pelos relatos de Aurora que todas as semanas lhe ligava a perguntar como estava Ana, esses relatos tinham ajudado a que os sentimentos de Adam por Ana evoluíssem.
- Então? E novidades? – Perguntou Ana depois de se decidir pelo que ia jantar.
- Tenho algumas. – Respondeu Adam evasivo. Não queria falar já sobre a palestra. – Aurora já me ligou esta semana. Vem ao continente no próximo fim-de-semana.
  - Pois é, eu sei – Disse Ana animada. - Ela também me ligou. – O garçon chegou à beira deles naquele momento e Adam agradeceu a Deus pois não sabia sobre o que devia falar a seguir.
Depois de pedirem Adam percebeu que ia ter que falar sobre a palestra naquele mesmo momento pois não conseguia encontrar mais nenhum assunto trivial sobre o que falar (ou talvez fosse o facto de estar nervoso com a reação que Ana teria quando soubesse sobre a palestra) e, ao fim de cinco minutos em silêncio, percebeu que Ana também não tinha.
-Tenho que me ausentar da cidade pelos próximos três dias. – Comentou ele de maneira ligeira. Viu um relance de medo nos olhos de Ana e logo depois eles ficaram indiferentes. Adam ficou tenso à espera da sua reação.
- Vais aonde? – Perguntou Ana muito calma.
- Vou a uma palestra na Universidade de Medicina do Porto. – Respondeu também muito calmo, pelo menos aparentava estar calmo.
- Ok. Então suponho que o nosso almoço de Sábado está cancelado. – Comentou ela distraidamente, como se estivesse a pensar noutra coisa.
- A menos que passemos para jantar, está. – Ana olhou para Adam pensativa e logo disse:
- Podias ir comer lá a casa. Eu não gosto muito de sair à noite para jantar. – Explicou. – Prefiro comer em casa.
- Tudo bem. – Respondeu Adam admirado por Ana o ter convidado para alguma coisa. Até ao momento, nunca o tinha convidado para nada, tinha que ser sempre ele a convidá-la para sair ou para realizarem qualquer atividade que fosse.
O ambiente entre eles tinha estado tenso durante toda aquela conversa, mas ao longo da noite voltou, novamente, ao normal, para grande felicidade de Adam que receava que ela se fechasse em si mesma novamente.
Quando acabaram de jantar, Ana propôs que fossem tomar café ao seu apartamento, o que voltou a surpreender Adam, mas este não demorou muito a recompor-se e aceitar com um alegre sorriso na cara.
Era já meia-noite quando Adam se levantou do sofá de Ana, no seu apartamento, para ir embora. Teria que se levantar às seis da manhã no dia seguinte e já tinha ficado mais tempo do que devia mas, naquela noite, não conseguia deixar Ana. Talvez fosse porque não a ia ver durante três dias (o que não era muito estranho pois não era normal ver Ana muitos vezes a não ser nos almoços que tinham) ou talvez tivesse alguma coisa a ver o com a curiosidade que sentia com a alteração do comportamento de Ana com ele, eram mudanças muito subtis mas quem estivesse tão atento como ele estava, perceberia.
Por exemplo, sempre que Adam lhe tocava, Ana ficava ligeiramente sobressaltada, como se tivesse sentido algo que não devia ou não queria sentir.
- Bom, tenho de ir. – Disse Adam a Ana, levantando-se do sofá. Ana parecia desapontada e esta reação intrigou ainda mais Adam. Ana, normalmente, tentava esconder todos os sentimentos mais fortes (na realidade, ela escondia a maior parte dos sentimentos), quem não a conhecesse poderia dizer que é totalmente fria, com total falta de emoções que mostrava ao mundo.
Adam dirigiu-se para a porta, abriu-a para sair mas antes voltou-se para Ana para se despedir e, no ultimo momento, esqueceu completamente todo o seu discurso de despedida ao reparar, mais uma vez, o quão linda estava e fez algo que, ele pensava totalmente inadequada de fazer com uma mulher que ainda estava de luto pelo seu melhor amigo, beijou-a.


-Katra

sábado, 19 de outubro de 2013

Tudo que perdi... - Capitulo 3

Comentem :)


Aurora já tinha ido à uma semana para a Madeira, e Ana estava a dar-se muito bem no trabalho apesar de só estar sozinha á uma semana.
Muita coisa tinha mudado, no último mês, em Ana. Quem a tivesse conhecido no mês passado não a reconheceria atualmente. Não que já tivesse superado de vez a morte de Rodrigo apenas tinha percebido que ia continuar viva, quer Rodrigo vivesse ou não. Não era suicida, logo matar-se nem lhe passou pela cabeça embora muita gente possa ter pensado que seria esse o seu fim.
A primeira coisa que fez ao perceber que ia continuar viva, foi uma mudança completa de visual: cortou o cabelo pelos ombros, pintou-os de castanho e mudou o seu estilo de roupa. No fim desta mudança sentia-se muito melhor, pensou que, se ia começar de novo, deveria começar em todos os sentidos.
Apesar desta mudança, Ana prometeu a si mesma não voltar a amar pois sempre que o fazia essa pessoa morria e saia para sempre da sua vida. Concluiu então, que iria passar o resto da sua vida sozinha. Esta ideia não lhe agradava nem um pouco, por isso, Ana resolveu realizar um dos seus maiores sonhos: ter um filho.
Para isso marcou uma consulta com Adam para que ele pudesse aconselhar-lhe uma clínica, afinal ele era amigo da família, mesmo assim não sabia que não seria fácil para ninguém aceitar essa ideia.
 
*****Adam*****
 
Adam franziu o sobrolho ao ver Ana entrar no seu consultório. Não a via desde o jantar em casa de Aurora depois do acidente de Ana. Aurora tinha voltado a convida-lo para ir lá jantar, mas Adam preferiu dar tempo a Ana para se adaptar à sua nova vida, além disso, tinha percebido que Ana se sentia desconfortável à sua volta.
- Bom dia, Ana! – Cumprimentou ele. – Estás doente?
- Bom dia. – Respondeu. – Não, não estou doente. Preciso de um concelho.
- Um conselho? – Perguntou Adam espantado por ela ter ido ter com ele a procura de conselhos. – Sobre o quê?
- Quero ter um filho e gostaria que me aconselhasses uma clínica de inseminação artificial. – Quando acabou a sua explicação olhou para a cara de Adam e começou-se a rir.
Adam estava totalmente incrédulo, de todos os assuntos, aquele seria o último que ele esperava que ela falasse.
- Porquê inseminação artificial? – Perguntou ele assim que se recuperou do susto. – Porque não esperas encontrar alguém com quem queiras ter um filho? Ainda és muito nova para pensar numa coisa assim tão drástica.
- Eu não posso voltar a amar nenhum homem.
- Porquê?
- Não posso perder mais ninguém. – Respondeu simplesmente. Adam compreendia-a mas ela era muito nova para considerar aquilo como algo definitivo.
- Não podes fazê-lo. Pelo menos, não já. A morte de Rodrigo ainda é muito recente para ti, tens de esperar pelo menos mais um ano para teres a certeza que estás a tomar essa decisão racionalmente. – Tentou-lhe explicar Rodrigo.
- Tu não estás a perceber! – Disse ela, a sua voz continha um pouco de desespero. – Eu preciso desse filho! Eu não posso voltar a estar sozinha.
- Tu não estás sozinha, tens a Aurora e tens-me a mim. – Respondeu-lhe Adam.
- Aurora está na Madeira e eu mal te conheço. Pelo que eu sei sobre ti podias ser um serial killer. – Adam manteve-se calado durante um momento a considerar tudo aquilo. Ela tinha razão eles mal se conheciam mas ele não podia deixa-la fazer uma estupidez tão grande. Precisava de ganhar tempo.
- Espera dois anos antes de fazeres isso.
- Não posso esperar tanto tempo.
- Um ano então. Eu prometo que fico contigo durante esse tempo. – Prometeu Adam.
- Eu não preciso da tua pena. – Comentou Ana com raiva.
- Não é pena. Eu queria que nos tornássemos amigos antes, mas tu não parecias muito bem para fazer novas amizades. – Disse Adam. – Eu não poderia deixar de querer ser teu amigo depois da maneira como fizeste o meu melhor amigo feliz.
 Ana avaliou-o durante um longo, longo tempo e, por fim, disse:
- Está bem. Um ano e nem mais um dia. – Sorriu triste e acrescentou: - Vamos ver se me aguentas durante tanto tempo. – Levantou-se da cadeira e dirigiu-se para a saída.
- Ana. – Chamou Adam. Ele estava contente por ter conseguido que ela mudasse de ideias. – Amanha queres ir jantar comigo?
- Pode ser. – Respondeu. Adam sabia que não ia ser fácil conseguir a sua confiança ou afeição, não depois que ela tinha admitido que não queria sofrer mais, mas ele sabia que não ia desistir. Ela ia ter que acabar por ceder e ele ia mostrar que nem toda a gente vai embora.

-Katra

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Tudo que perdi... - Capitulo 2

Olá gente, aqui estou eu com um novo capitulo. Espero que gostem!
Ps- Se comentarem como anonimos assinem por favor, para eu saber se continuam a acompanhar a historia ou nao. Obrigado.

Uma semana depois Ana saiu do hospital e mudou-se para casa de Aurora, que em breve partiria para a Madeira. Aurora tinha achado melhor Ana viver em sua casa pois assim não precisaria deixar a casa fechada por quase o ano todo, depois de muita discussão Ana acabou por ceder afinal morava numa casa alugada.
Quando Ana estava arrumar as suas roupas nos armários Aurora entrou no quarto e disse:
- Convidei o Adam para vir cá comer, espero que não te importes.
- Não, está tudo bem. – Respondeu Ana ligeiramente contrariada. Ana não tinha nada contra o médico até porque ele, segundo dizia Aurora, era um grande amigo de Rodrigo mas realmente não gostava de médico em geral, achava que já tinha tido o suficiente deles pelo resto da sua vida: primeiro com a morte dos seus pais num acidente e depois com Rodrigo.
- Bom, então vou fazer o jantar. – Disse Aurora saindo de seguida do quarto. Ana sempre tinha gostado do facto de, apesar de ser rica, Aurora ser muito simples. Aurora tinha apenas uma empregada para lhe limpara a casa e apenas porque realmente não tinha tempo para arrumar ela mesma a casa. Todas as refeições eram preparadas por si mesma.
Ana acabou de arrumar as suas roupas, desceu as escadas e foi ajudar Aurora a fazer o jantar e a pôr a mesa.
Adam chegou as oito horas em ponto.
- Boa noite, meu querido. – Cumprimentou Aurora alegre como sempre. Adam deu-lhe dois beijos, um em cada lado das faces e sorriu.
- Boa noite, Aurora. – Depois olhou para Ana e disse: - Boa noite, Ana. – Não a beijou como fez com Aurora, parecia perceber que Ana não se sentiria confortável com esse tipo de intimidade.
- Boa noite, Adam. – Respondeu Ana reservada. Depois disso foram jantar.
Ana sentou-se em frente a Adam mas não prenunciou uma palavra durante toda a refeição apenas ouvia a interação divertida que Aurora parecia ter com toda a gente que conhecia. Observando bem, Ana reparou que Aurora tratava Adam como se fosse seu filho, percebeu que Adam e Rodrigo deviam ser mais amigos do que tinha percebido, só não conseguia perceber como é que nunca tinha ouvido falar de Adam até aquela fatídica noite.
Já na sobremesa Aurora resolveu que já estava na hora de Ana participar da conversa.
- Então Ana, passasse alguma coisa?
- Não. – Respondeu Ana um pouco espantada. – Porquê que haveria de se passar alguma coisa?
- Não sei. – Respondeu Aurora muito sinceramente. – Não disseste uma palavra durante toda a refeição.
- Não tenho nada para dizer. – Respondeu Ana simplesmente, momentos depois ganhou coragem e perguntou a Adam: - Porquê que eu só te conheci depois do acidente?
Adam olhou para Ana surpreso por ela lhe ter dirigido a palavra, não o tinha feito desde que a conhecia a menos que fosse por uma questão de cortesia. Não lhe levava a mal afinal ela ainda estava de luto por isso se surpreendeu tanto por ter falado com ele.
- Eu estava a trabalhar em África. Tinha chegado a dois dias a Portugal quando Rodrigo teve o acidente. – Ana encolheu-se com a lembrança e imediatamente Adam arrependeu-se de ter mencionado o assunto. Nestes últimos dois anos Adam tinha admirado a força que Ana tinha, ao longe. Tinha, desde o início, aprovado a escolha de Rodrigo, Ana era uma mulher muito bonita e cheia de força interior. Adam ficou com pena que Rodrigo não tenha podido aproveitar essa incrível mulher por mais tempo mas nem sempre podemos ter aquilo que queremos, a melhor solução é seguir com a vida e aproveitar enquanto podemos. Ana ainda não tinha conseguido seguir com a sua vida mas Adam sabia que ela era uma mulher inteligente e conseguiria superar, esquecer nunca mas superar sim.
- Mas ele nem sequer tocou no teu nome, nos oito meses que estivemos juntos. – Replicou Ana a assim que se recuperou.
- Eu estive um ano completo em Africa e antes de ir para lá eu e Rodrigo tivemos uma discussão. – Respondeu-lhe Adam.
- Que tipo de discussão? – Perguntou Ana curiosa, o Rodrigo que ela conhecia não conseguia ficar zangado com ninguém por uma semana quanto mais um ano.
- Eu dormi com uma ex-namorada dele. – Respondeu Adam envergonhado. – Eles só tinham acabado á dois dias.
- Ok, isso realmente é razão para se chatear mas se eles tinham acabado não era para ele ficar zangado contigo por um ano completo. – Observou Ana. – Por aquilo que eu conheci dele, ele não conseguia estar zangado com ninguém por muito tempo. – Ana observou a reação de Adam ao que disse e percebeu que ele ficava realmente triste.
- Não foi ele que acabou com o namoro... E depois da discussão, eu foi para África e lá não havia maneira de comunicar com ele, pelo menos no sítio onde eu estava não podia ter telemóvel. – Aurora que até este momento tinha estado silenciosa resolveu interferir, pareceu-lhe que por enquanto já bastava. Sorriu ao ver o rosto de Ana, o seu rosto não mostrava tanta emoção desde que Rodrigo tinha morrido e antes disso tinham-se passado dois anos sem qualquer alteração na sua expressão.
- Isto já parece a inquisição espanhola… Vamos antes tirar a mesa que beneficiamos mais com isso.

Adam percebeu o sorriso no rosto de Aurora e estranhou, Aurora não costumava tirar prazer do constrangimento dos outros, analisou melhor a situação e percebeu que ela estava assim porque pela primeira vez em muito tempo Ana tinha demonstrado algum interesse em alguma coisa e apesar de si mesmo, Adam sorriu também. Era bom ver que lentamente Ana voltava a recuperava-se, apesar de, segundo Aurora, só tenha começado a fazer progressos na última semana, Adam alegrava-se com isso.

Comentem, por favor!!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Tudo que perdi... - Capitulo 1

Olá, aqui estou eu com o primeiro capitulo. Espero que gostem!!

Começar de novo

A segunda vez que Ana acordou naquele dia viu Aurora, a mãe de Rodrigo, sentada numa cadeira ao seu lado.
- Finalmente acordas-te. – Disse ela. – Bom dia! – Disse alegremente. Ana não conseguia compreender como Aurora podia estar tão alegre quando á apenas 2 meses o seu filhos tinha morrido, mas depois recordou-se que Aurora tinha reagido melhor do que ela com a noticia do filho poder nunca acorda. Claro que a inicio, tal como aconteceu como Ana, Aurora entrou em negação, não conseguia acreditar que uma pessoa tão ativa e alegre de um momento para o outro ficasse numa cama, adormecido, sem qualquer exercício e sem ter o seu tão alegre e expressivo sorriso no rosto, isso era tão raro como um trevo de 4 folhas, Ana não podia lembrar muitos momentos em que Rodrigo não estivesse a sorrir, fosse por que motivo fosse.
Ao fim de 3 meses sem que houvesse qualquer alteração do quadro médico de Rodrigo, Aurora muito lentamente foi habituando-se a ideia que Rodrigo nunca mais fosse acordar, que tinha perdido o seu querido e único filho. Lamentava-se constantemente pois não era justo uma mãe ter que ver o seu filho morrer, essa não é a ordem natural das coisas mas, ao fim de 6 meses, apesar de ainda chorar todas as noites, Aurora começou a levar a sua vida em frente no hotel que toda a vida tinha pertencido a sua família. Para a maioria das pessoas este poderia parecer um gesto insensível mas em realidade o trabalho no hotel era única coisa que mantinha Aurora viva.
Ana não tinha conseguido seguir em frente com a sua vida pois no tempo que tinha estado com Rodrigo, toda a sua vida tinha passado a resumir-se a ele. Ela não tinha um hotel para gerir como Aurora, não tinha pais em que se apoiar, pois tinham morrido 2 anos antes de conhecer Rodrigo, e também não tinha irmãos para a apoiarem, era filha única. A única coisa que poderia tê-la feito seguir em frente, morreu no dia do acidente do seu amor.
Durante aqueles dois anos, Ana passava o máximo de tempo possível com Rodrigo no Hospital, contava-lhe como tinha passado o dia e dizia repetidamente o quanto o amava com esperança que esta declaração de amor pudesse, por fim, traze-lo de volta á vida.
Quando, por fim, tiveram que desligar as máquinas de Rodrigo, Ana sentiu que mais um bocadinho de si mesma morria lentamente. Os dois meses que se tinham passado desde esse dia tinham sido terríveis para ela: não comia bem, não dormia, começou a passar a noite em bares a beber e, por fim, como consequência foi despedida.
Agora encontrava-se ali, sem a sua razão para viver, sem dinheiro e sem emprego.
- Bom dia! – Respondeu Ana sem nenhuma alegria, Aurora olhou para ela com uma ponta de pena. Sabia o quanto aquela mulher amava o seu filho, alegrava-lhe imenso que o seu filho tivesse encontrado um amor tão grande e tão puro antes de se ausentar deste mundo. Mas Ana tinha que conseguir seguir com a sua vida e Aurora prometeu a si mesma que a ia ajudar nem que fosse a última coisa que fizesse na sua vida.
- Então, rapariga? Gostas assim tanto de hospitais que quiseste voltar para cá? – Perguntou-lhe Aurora a sorrir, Ana não lhe respondeu pois os hospitais sempre a faziam lembrar o tempo que tinha passado com Rodrigo naquele mesmo hospital. Aurora ao ver a expressão de melancolia na cara de Ana, ficou seria e disse:
- Não podes passar o resto da tua vida presa com o meu filho. És muito nova ainda, vais arranjar alguém que ames e que te ame em igual intensidade. – Aurora percebeu que Ana ia protestar e acrescentou: - Eu sei o quanto amas-te o meu filho mas não querer dizer que não possas voltar a amar. Tens de te recompor e recomeçar, outra vez, a tua vida.
- Nem sequer emprego tenho. – Comentou Ana com tristeza.
- Isso realmente não é um problema, eu andava a procura de um gestor para o hotel que tenho cá pois vou viver para a Madeira. – Disse Aurora. – Então, estás contratada.
- Não me podes contratar assim, nem sequer me entrevistaste. – Disse Ana espantada.
- Nem preciso. – Respondeu-lhe Aurora com a simplicidade de quem está habituado a resolver todo o tipo de problemas. – Eu conheço-te e sei que és competente. Só foste despedida porque ainda não conseguiste superar a morte do meu filho mas agora isso é diferente porque tu vais levar a tua vida em frente e vais voltar a fazer um ótimo trabalho.
- Mas… - Tentou Ana protestar.
- Sem mas nem meio mas. Vais trabalha lá, se para mais nada então que seja para me ajudares.
- Ok. – Aceitou Ana resignada, por fim, sabia que Aurora era muito teimosa e não ia desistir. Nesse momento entrou dentro da sala um médico.
- Bom dia, dona Aurora. – Disse ele. – Vejo que já a conseguiram encontrar.
- Ah, rapaz! Depois de tantos anos ainda não me consegues chamar apenas Aurora. – Repreendeu Aurora com um sorriso carinhoso no rosto. O médico riu e disse:
- Peço desculpa, é o hábito. – Ana estranhou toda esta familiaridade Aurora nunca tinha dito que conhecia nenhum médico do hospital e também não parecia que fosse da altura em que Rodrigo esteve lá pois eles pareciam conhecer-se a muitos anos.
Ana olhou intrigada para o médico enquanto ele conversava com Aurora. Não devia ter mais de trinta e dois anos, tinha ombros largos e parecia que a bata escondia os músculos. Tinha olhos azuis e cabelo preto. Muita gente poderia dizer que era lindo mas Ana achava que já não podia dizer nada sobre isso os homens já não lhe interessavam. De repente Ana lembrou-se de quem era aquele médico e toda a familiaridade entre o médico e Aurora passou a fazer sentido. Aquele era o médico que Rodrigo ia buscar no dia do acidente, o Adam. Ana lembrou-se também que ele costumava ir regularmente ver Rodrigo e que, apesar disso, nunca tinha trocado muitas palavras pois Ana tinha estado muito fechada no próprio mundo, além do dia em que Aurora os tinha apresentado Ana não se lembrava de ter voltado a falar com ele.
- Então Ana, como é que te sentes? – Perguntou Adam quando por fim terminou a conversa com Aurora.
- Doí-me a cabeça e estou um pouco enjoada. – Respondeu ela envergonhada. Não gostava de ser o centro das atenções, então, raramente se queixava quando se sentia mal, fora o tempo que tinha estado com Rodrigo, sempre tinha sido ela que tinha que tomar todas as decisões e sempre tinha sido ela a tomar conta de tudo sozinha.
- E normal doer-te a cabeça pois bates-te com ela e estas enjoada por causa dos medicamentos que te tivemos de dar. – Explicou Adam. – Não te doí mais nada?
- Não. – Respondeu-lhe ela.

- Bom, então vou embora que o meu turno já acabou. – Disse Adam e logo de seguida saiu do meu quarto.


Comentem, por favor! Se não, eu não sei se gostaram ou não!

- Katra

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Tudo que perdi... - Prologo

Ola,
aqui estou eu com o inicio da nova historia...
Espero que gostem... :)
Comentem!


Mais uma vez Ana pensava na pessoa que mais amava. Tudo nele a fascinava mas, como se costuma dizer, tudo que é bom acaba depressa. Distraída como estava a relembrar novamente aqueles momentos da sua vida, atravessou a rua sem verificar se algum carro estava a passar, infelizmente, um motorista que conduzia com muita velocidade não teve tempo para travar e acabou por a atropelar. Com o embate Ana entrou em coma pois bateu com a cabeça no chão mas isso não a impediu de continuar a relembrar todos os momentos que tivera com Rodrigo, a pessoa mais importante na sua vida.
Conheceram-se na Madeira, Ana ia a sair do Museu de Arte Contemporânea no Funchal, mais precisamente em Fortaleza de Santiago, quando bateu contra um peito forte e duro.
- Oh, desculpe, não o vi. – Pediu olhando para cima e deparando-se com uns olhos da cor do mar que rodeava a Madeira.
- Não faz mal. – Disse com um sorriso rasgado no rosto. – Parece que realmente gostou da exposição. – Comentou ele num tom de conversa, comentando o facto de ela estar realmente muito distraída quando bateu contra ele.
- Realmente. – Respondeu ela. – Eu sempre achei a arte uma forma de fugir da realidade.
- Eu também acho, já é a terceira vez que aqui venho. – Disse ele. Depois esticou a mão para cumprimentar Ana. – Prazer, eu chamo-me Rodrigo.
- Ana. – Respondeu ela ao estender a mão para o cumprimentar.
- Hum… Eu ia tomar um café, queres vir comigo? – Perguntou Rodrigo. Ana acenou com a cabeça. Em conversa no café eles perceberam que tinham bastante em comum, moravam muito perto um do outro, trabalhavam na mesma área, gostavam do mesmo tipo de livros, de filmes, de músicas… Enfim, tinham mesmo muito em comum. Rodrigo contou a Ana que estava na Madeira de férias na casa de uns amigos. E Ana contou-lhe que aquele era o seu último dia nas ilhas, Rodrigo ficou um pouco dececionado pois ainda ia passar duas semanas lá e realmente gostava da companhia de Ana, mas rapidamente esse inconveniente foi esquecido quando combinaram encontrarem-se depois que ele voltasse da ilha.
Duas horas depois Rodrigo teve que ir embora mas não foi sem antes pedir o número de Ana pois mesmo que se fossem encontrar em Lisboa, cidade em que ambos moravam, apenas duas semanas depois Rodrigo ficou com medo que ela não aparecesse e não queria perder o contacto com ela.
Duas semanas depois eles voltaram-se a encontrar em Lisboa, tal como combinado, num café que Ana adorava pois todos dias pessoas costumavam subir ao palco e recitar poemas da sua autoria. Nesse dia um poema em especial chamou atenção de Ana. Falava sobre amores perdidos. Rodrigo, ao ver, o olhar pensativo que ela tinha no rosto perguntou-lhe, com um sorriso no canto dos lábios:
- És uma romântica, não és?
- Hum… - Disse Ana acordando dos seus pensamentos. – Nem por isso. - Rodrigo sorriu, ele sabia que ela não estava a ser totalmente sincera com ele.
A partir de ai e eles começaram a encontrar-se quase todos os dias, às vezes nesse mesmo café outras vezes nas suas respetivas casas.
Já se conheciam há dois meses quando se beijaram pela primeira vez, não se tinham beijado antes pois tinham medo de perder a amizade que em pouco tempo tinham criado. Foi uma noite depois do jantar, eles tinham jantado em casa de Ana pois ela queria experimentar uma receita nova que uma amiga lhe tinha dado, então depois que toda a cozinha estava arrumada, resolveram ver um filme que ia dar na televisão. Era uma comédia romântica que há muito tempo Ana queria ver, no final do filme Rodrigo sentou Ana no seu colo e simplesmente beijou-a. Realmente não sabia o que, finalmente, tinha rompido o seu autocontrole, só sabia que não conseguia aguentar mais e assim que os seus lábios tocaram os de Ana percebeu que era a coisa certa a ser feita, e soube também que tinha sido no momento certo, se o tivesse feito mais cedo sabia que não teria tanto significado.
Ana sentiu-se um pouco desnorteada com todos os sentimentos que imergiram de dentro dela com um simples beijo, não era nenhuma adolescente para ficar com borboletas no estômago e com as pernas bambas mas era exatamente isso que estava a sentir nesse momento. Ela sabia que os seus sentimentos por Rodrigo estavam a crescer cada vez mais mas realmente não achava que esta a começar a amar aquele homem. Através daquele beijo percebeu que já o amava e também que era totalmente correspondida.
Quando as suas bocas se separaram pois eles precisavam de ar, Rodrigo disse:
- Eu sei que já ninguém faz isto e que, além disso, nós não somos nenhuns adolescentes mas… Queres namorar comigo? – Ana ficou realmente encantada, o homem que ela se tinha apaixonado era realmente único e a partir desse momento apenas dela.
- Sim, eu aceito. – Respondeu ela com uma lágrima a escorrer-lhe pela cara a baixo, ele limpou-lhe a lágrima da cara com muito carinho e abriu um sorriso enorme, Ana sorriu também e encostou a sua testa na dele.
Era o dia de anos de Ana, nessa noite ela ia jantar fora com Rodrigo para festejar. Tinham-se passado seis meses desde que Rodrigo tinha pedido Ana em namora durante esse tempo todo Rodrigo demonstrou a Ana que também ele era um romântico e então ela finalmente confessou que também era uma romântica. Ana nesse dia estava muito feliz pois além de fazer anos também fazia seis meses que eles namoravam, ela lembrava-se de como a princípio tinha ficado com muito medo que o namoro deles não resultasse mas ao longo do tempo foi percebendo que as poucas discussões que eles tinham tido só serviam para fortalecer a sua relação.
 Depois de jantarem, nessa noite, Rodrigo levou Ana até ao seu apartamento e com a desculpa de irem ver as estrelas conseguiu leva-la para o telhado da sua casa. Quando lá chegaram Ana ficou de boca aberta, no chão do telhado tinha escrito, com pétalas de rosa rodeadas de velas “Casa comigo.”. Ana olhou boquiaberta para Rodrigo que meteu a mão no bolso e tirou de lá de dentro um caixa, abriu-a e dentro tinha um lindo anel de noivado. Rodrigo ajoelhou-se a frente de Ana e disse muito docemente:
- Casa comigo. – Com a cara já banhada com lágrimas de emoção Ana ajoelhou-se a frente dele, sussurrou um “sim” muito rouco devido às lágrimas e beijou-o.
No outro dia de manhã Ana acordou primeiro que Rodrigo e ficou a observá-lo dormir. Era tão lindo, parecia tão calmo a dormir que ninguém podia imaginar a pessoa hiperativa que era quando estava acordado. Poucos minutos depois Rodrigo acordou também, olhou para ela sorriu-lhe e beijou-a. Ana levantou-se para ir tomar banho tinha um encontro marcado com a mãe de Rodrigo, iam as compras. Mas quando se levantou sentiu uma grande tontura e voltou a sentar-se rapidamente. Rodrigo ficou muito preocupado e obrigou-a a voltar a deitar-se. Vestiu-se e disse a Ana que ia buscar um amigo dele que era médico a casa deu-lhe um beijo e lançou-lhe um olhar preocupado antes de sair do quarto.
Enquanto isso, Ana ligou para a futura sogra a avisar que já não ia poder sair com ela pois tinha-se sentido mal depois de vários minutos conseguiu convencer a pobre senhora que era apenas um exagero do seu filho e que ela estava bem. Uma hora passou-se Ana começou a ficar preocupada com Rodrigo. Uma hora e meia depois de Rodrigo ter saído de casa recebe uma chamada a dizer que Rodrigo teve um acidente muito grave e estava em coma. Ana entrou em pânico, não podia sequer pensar em perder Rodrigo agora, não quando estavam juntos á tão pouco tempo. Em realidade ela não conseguia pensar em perde-lo nunca. Deitou-se na cama e juntou as pernas ao peito e começou a chorar descontroladamente. Ela tremia muito mas nem reparava nisso pois o frio que ela tinha vinha de dentro da sua alma.
Uma horas depois conseguiu finalmente recompor-se e arranjou um táxi e foi diretamente para o hospital. A mãe de Rodrigo já lá estava e quando viu Ana a chegar correu até ela e abraçou-a a soluçar. Depois de se ter descontrolado em casa já não conseguia mais chorar nem reagir ao quer que fosse, estava como que adormecida.
Os médicos disseram que Rodrigo podia nunca mais voltar acordar do coma desesperando mais ainda a mãe de Rodrigo e mais uma vez Ana não reagiu apenas disse com a maior calma:
- Posso vê-lo? – Quando foi autorizada a vê-lo, finalmente reagiu, Ana ficou em tal estado que teve que ser sedada. Acordou horas depois e os médicos disseram-lhe que com os nervos ela tinha perdido o seu filho, Ana não se deu ao trabalho de explicar que não sabia que estava grávida a única coisa que lhe interessava naquele momento era que a única pessoa que a fazia viver podia nunca mais acordar.
Dois anos depois os médicos tiveram que desligar as máquinas de Rodrigo, apesar da sua reação negativa inicial, Ana sempre tinha tido esperanças que ele ia abrir os seus lindos olhos cor do mar novamente mas isso nunca aconteceu. Tal como previra, Ana teve grandes ataques de tristeza por nunca ter visto o resultado do seu amor com Rodrigo, essa criança teria sido o seu motivo de viver, o motivo que ela precisava para continuar a viver.

 Já se tinham passado dois meses desde que as máquinas tinham sido desligadas. Ana acordou, de repente, ao lembrar-se do impacto que o seu corpo fez com o carro. O seu primeiro pensamento foi:” Porquê que eu acordei se ele não? Já não tenho nenhuma razão para viver, porque fui acordar?”





Não se esqueçam de comentar, por favor!
- Katra

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Olá,
aqui estou eu outra vez, só vim dizer que em breve (e desta vez vou tentar que seja mesmo em breve) vou começar a postar uma historia chamada "Tudo que perdi"  espero que gostem.


"Nesta história Ana relembra tudo o que teve e tudo que perdeu enquanto se recupera de um acidente...Tempos depois toda a sua vida começa a recompor-se ......... mesmo que Ana não tenha feito nada para que isso acontecesse......Mesmo que isso acontecesse sem que ela quisesse ou percebece... Em realidade tudo o que Ana queria era morrer justo com o seu amor..."
 - Katra


Ops.... Irmão errado!

Desculpem nao ter postado antes nao tive tempo.


Sentada na cadeira da minha varanda, esperava o meu, sempre atrasado, namorado. Nunca consegui perceber como é que ele se atrasa tanto considerando o facto que ele mora mesmo ao meu lado. O meu melhor amigo é irmão do meu namorado e eu já percebi que ele sabe alguma coisa mas sempre que eu lhe pergunto o quê que ele sabe recusa-se a responder-me.
Pego no telemóvel e vejo que ele já esta meia hora atrasado. Levanto-me da cadeira e vou para o meu quarto, ligo o computador e entro no msn e encontro a pessoa que quero online.
Catarina: Olá! Preciso de falar contigo urgentemente.
Ângelo: Olá! O quê que se passa?
Catarina: Quando cá chegares vês… ;)
Ângelo: Ok, estou a caminho. Até já.
Sai do msn e foi para a cozinha esperar pelo meu melhor amigo. Quando ouço a campainha tocar ainda tenho esperanças que seja Henrique apesar de saber que não é ele.
- Olá! - Diz Ângelo assim que lhe abro a porta. Como sempre ele foi um doce comigo. Ele sempre foi assim, acho que é por ter pena de mim por gosto do irmão dele.
- Olá! - Respondi-lhe a sorrir. – Precisamos de falar. – Digo-lhe.
- Deixa-me adivinhar sobre o quê: Henrique. – Disse sorrindo tristemente. Abanei com a cabeça afirmativamente, ultimamente tenho insistido muito com esse assunto.
- Já sabes no quê que vai dar esse assunto. – Respondeu-me ele. – E não me apetece discutir contigo hoje.
- Não precisamos de discutir se tu me contares aquilo que sabes. – Disse lhe eu esperançosa.
- Tu sabes que eu não tenho nada para te contar. – Respondeu ele teimosamente. Ele entrou na minha casa e fomos para o meu quarto. Quando lá cheguei, sentei-me na minha cama e perguntei-lhe:
- O teu irmão anda atrair-me, não anda?- Perguntei-lhe muito tranquila mas Ângelo conhece-me há muito tempo e sabia na verdade eu não estava nada tranquila. Por uns segundos Ângelo não disse nada mas depois pareceu chegar à conclusão que seria melhor dizer a verdade então sentou-se a minha beira na cama e disse, simplesmente:
- Sim. – Uma única lágrima escorreu-me pela cara abaixo mas eu não ia deixar mais nenhuma seguir o mesmo caminho (ou pelo menos ia tentar) por duas razões: a primeira era que eu ainda não tinha acabado de falar com Ângelo e a segunda é que se realmente isso é verdade ( e eu sabia que era, afinal Ângelo seria incapaz de me mentir), Henrique não merecia sequer uma lágrima minha.
Ângelo assistia ao meu debate interno sem mexer um músculo sequer como se não quisesse interromper alguma decisão importante que eu estivesse a tomar.
- A quanto tempo é que tu sabes? – Perguntei-lhe por fim.
- Há, mais ou menos, quatro meses. – Respondeu-me ele contrariado, como se não fosse essa pergunta que ele estava a espera que eu fizesse. Não me sentia traída apenas pelo Henrique mas também pelo meu melhor amigo por não me ter contado que apenas um mês apos eu ter começado a namorar com o irmão dele, ele já andava com outra.
- Porquê que não me contaste? És o meu melhor amigo achei que me ias contar sempre a verdade. – Disse eu. Ele olhou para mim envergonhado.
- Eu não achei que fosses acreditar em mim. Estavas completamente iludida por ele. – Justificou-se Ângelo. Ele tinha um pouco de razão, eu estava mesmo iludida com o irmão dele mas também não acho que não fosse acreditar nele, afinal sempre conheci melhor o Ângelo do que o Henrique. De qualquer maneira preferi não lhe responder e comecei a chorar e soluçar como uma idiota. Ângelo encostou a minha cara ao sei peito e não disse nada, apenas acariciou-me o cabelo para me confortar.
Ao fim de algum tempo, finalmente, consegui recompor-me, limpei as lagrimas e afastei a cara do peito do Ângelo.
- Desculpa. – Disse eu, ele olhou para mim confuso e eu expliquei-me: - Por estar a chorar em cima de ti.
- Não tens que te desculpar.
- Tenho sim, eu sei que tu odeias ver quem quer que seja a chorar. – Disse. Ele deu-me um beijo na testa e abraçou-me.
- Eu não gosto de ver ninguém chorar mas se tens que chorar no ombro de alguém prefiro que seja no meu. – Disse-me ele com a boca algures no cimo da minha cabeça.
Eu tinha a cabeça pousadas na barriga dele e percebi que ele tinha uma tablete de chocolate bem interessante. Eu já o tinha visto muitas vezes sem camisola mas nunca tinha reparado nisso, na realidade, nem sei porque reparei nisso agora, quer dizer, acabei de descobrir que o meu namorado me trai e em vez de estar furiosa com ele, estava a reparar em como o irmão dele tinha uma boa tablete de chocolate.
Nesse momento ouvi uma batida na minha porta e olhei para Ângelo, sobressaltada. Esperava que não fosse o irmão dele. Levantei-me e foi para a cozinha para abrir a porta a quem quer que fosse. Ângelo foi comigo.
Henrique estava parado a frente da porta e quando viu Ângelo atras de mim sorriu maliciosamente. Ângelo estava com os punhos apertados e com uma expressão furiosa no rosto.
Desde o princípio que Henrique não gostava do facto de Ângelo ser meu melhor amigo, no início tentou que eu deixasse de falar com Ângelo mas eu recusei-me a faze-lo. Ângelo foi o primeiro amigo que fiz, quando me mudei para aquela cidade. Nunca percebi bem porque que eles discutiam tanto nos últimos tempos. Agora já sabia porquê. Ângelo queria que Henrique me contasse a verdade e quando este recusou, Ângelo ficou zangado com ele. Alem disso quando me recusei a deixar de falar com Ângelo contribui mais um pouco para que o ressentimento entre eles os dois aumentasse, pois ao recusar fazer o que ele queria, contrario ao que sempre fazia, o ego de Henrique sofreu um choque, ele achava que me conseguia manipular para fazer sempre o que ele queria mas percebeu que as coisas não eram bem assim quando se tratava de Ângelo. Ângelo é a pessoa que mais amo no mundo a seguir aos meus pais e, antes, a Henrique. Depois do que Henrique me fez ia ser excluído totalmente da minha mente, se não agora, assim que pudesse, não ia deixar que ele me distraísse, além do mais sabia que podia contar com a ajuda de Ângelo.
Os irmãos olharam-se com dureza durante mais alguns segundos e, depois, resolvi que seria uma boa ideia meter-me no meio, não queria ser a causa de mais uma discussão deles.
-Precisamos de falar Henrique. – Disse-lhe pondo-me no meio deles os dois.
Ainda com uma expressão dura Henrique, finalmente, olhou para mim e viu os meus olhos vermelhos e inchados.
-Sobre o quê? – Perguntou-me ele desconfiado.
Antes que eu pudesse responder-lhe Ângelo fê-lo.
– Ela descobriu o teu duplo jogo. – A voz dele estava carregada de ódio e sarcasmo e eu, ao mesmo tempo, perguntava-me quando é que todo aquele ódio tinha começado e eu nem sequer tinha dado por isso, uma zanga era uma coisa mas havia verdadeiro odio na voz de Ângelo, nunca o tinha ouvido falar assim com ninguém.
Fazendo-se de inocente Henrique perguntou.
– Que jogo duplo? - Desta vez quem lhe respondeu fui eu, olhei bem fundo naqueles olhos verde-esmeralda e respondi com o maior nojo que consegui juntar.
– O de andares comigo e com mais quatro ou cinco ao mesmo tempo. – Por um momento Henrique não disse nada e depois desatou a rir.
Olhei para ele sem acreditar como é que ele se podia rir daquela maneira!
-Deixa-me adivinhar, foi o meu irmão que te disse isso, não foi? – Perguntou-me cheio de desdém enquanto olhava para Ângelo.
-Não. – Repliquei, pois não queria arranjar problema para Ângelo.
Henrique riu-se novamente, sarcástico. – O teu esforço foi lindo mas eu tenho a certeza que foi ele que te contou.
Ângelo não dizia nada, mas eu sabia que os punhos dele estavam apertados à volta do corpo, sabia que apesar do esforço para se controlar, Ângelo estava prestes a explodir. Para lhe dar tempo para se controlar, disse a Henrique que entrasse e fomos todos para a cozinha. Em silêncio, dei uma cerveja a Henrique e outra a Ângelo. Sentei-me á mesa abeira deles com um sumo na mão e fiquei à espera que Henrique quisesse continuar a discussão.
-Sabias que o meu irmão é apaixonado por ti desde sempre Catarina? – Comentou Henrique como se nada fosse depois de beber dois goles de cerveja.
Totalmente em choque olhei para Ângelo e vi que a raiva que ele tinha conseguido controlar, voltar a borbulhar na superficie, depois olhei para Henrique e vi a satisfação estampada no seu rosto de anjo.
-Estás a mentir. – Declarei com um leve tom de pânico na voz.
Não podia deixar de reparar que Ângelo nem sequer tentou contrariar o irmão e isso deixava-me preocupada.
-Estou? – Perguntou-me ele a sorrir maldosamente. – Então segue o meu raciocínio.
 Antes que ele pudesse continuar, Ângelo levantou-se muito rápido da cadeira e ela caiu ao chão, os seus olhos soltavam chispas de raiva e com a voz dura e fria disse:
 – Não tentes arranjar desculpas para a merda que fazes e principalmente não me metas no meio! – De olhos arregalados acompanhei a explosão do meu melhor amigo, sabia que ele de vez em quando tinha este tipo de explosões mas nunca tinha presenciado nenhuma. Normalmente Ângelo preferia acalmar-se num saco de boxe, fora do olhar de toda a gente, só eu sabia que ele fazia isso, ele não queria que ninguém conhece-se a sua fraqueza: um temperamento explosivo.
Apesar de tudo Henrique continuava a sorrir. – Então maninho, só te estou a fazer um favor, depois de tantos anos não achas que já é tempo de lhe contares? – Perguntou ele sarcasticamente.
-Aquilo que eu acho ou deixo de achar não te interessa. – Respondeu-lhe Ângelo ameaçador. – Faz um favor a nós dois, mete-te nos teus assuntos e deixa-me em paz para resolver os meus. – Eu assistia á discussão muito calada e sem já nem entender nada. Porquê que Ângelo não desmentia Henrique em vez de desviar o assunto.
-Desculpa maninho, mas a Catarina tem de saber que tu inventaste que eu andava a traí-la porque estás apaixonado por ela. – Retrucou Henrique sem dó nem piadade.
Percebi no olhar de Ângelo o que ele ia fazer segundos antes de ele fazê-lo e a única coisa que pude fazer foi berrar antes de ele acertar com o punho no nariz de Henrique.
Levantei-me de um salto da cadeira e ia ajudar Henrique mas Ângelo agarrou-me o braço e puxou-me para a beira dele.
 – Vai embora Henrique. – Pediu Ângelo com a voz mais controlada possível. Com a mão no nariz, Henrique ainda tentou protestar mas ao ver a cara de Ângelo mudou de ideias e virou as costas para ir embora.
Mal ouvi a porta a bater recebi uma mensagem no telemóvel, era Henrique e dizia:
“Quando perceberes que eu é que estou a dizer a verdade vem ter comigo e já agora não demores muito, não vou esperar para sempre.”
 Quando acabei de ler a mensagem ouvi um grunhido de Ângelo. Não disse nada, só conseguia pensar no que Henrique tinha dito sobre Ângelo. Sentei-me numa cadeira e apontei para a cadeira a minha frente.
 – Senta-te. Precisamos de conversar. – Ordenei-lhe com voz cansada. Sem protesto algum, Ângelo sentou-se. Era uma ação estranha para um rebelde declarado mas ele já tinha percebido que eu estava perturbada. – O que Henrique disse é verdade? – Inquiri sem quaisquer rodeios, novamente, estava demasiado cansada para andar com rodeios.
-Sim. – Respondeu ele direto.
Sem saber porquê comecei a chorar como uma desalmada, ao ver-me assim Ângelo ficou extremamente assustado e sem saber o que fazer. Lembrei-me que antes, quando tinha chorado, ele não parecia tão assustado, talvez fosse por desta vez não saber o porquê de eu estar a chorar ou talvez fosse  por, muito provavelmente ,desta vez a razão do meu choro ser ele, de qualquer maneira Ângelo veio para a minha beira e abraçou-me. Com a cara no peito dele interroguei. – Porquê que nunca me disseste nada? – Realmente não conseguia perceber o porquê de ele nunca ter me contado, sempre tínhamos sido tão amigos.
Ângelo demorou tanto tempo a responder que achei que não o fosse fazer. Ele pegou no meu queixo e puxou-o até que os nossos olhos se encontrassem e depois começou a falar.
 – Quando te conheci apaixonei-me imediatamente por ti mas tu já estavas apaixonada pelo meu irmão. – Sorrindo tristemente ele continuou. – Lembraste como nos conhecemos? Tu tinhas acabado de te mudar para cá. Tinhas dez anos e eu, onze, foste a minha casa às escondidas para enviar uma carta de amor ao meu irmão, apanhei-te e tu ficaste extremamente envergonhada. Parecias tão adorável.
Ângelo fez um a pausa e eu decidi continuar, lembrava-me muito bem daquele dia, como me poderia esquecer? Foi o dia em que conheci uma das pessoas mais importantes da minha vida.
 – Perguntaste-me o que eu estava a fazer e eu pedi-te para não contares nada a ninguém quase a chorar, depois abraçaste-me, levaste-me para a casa da árvore e de uma maneira muito meiga e gentil obrigaste-me a contar-te tudo. – Terminei.
- Menti-te. - Confessou. - Disse-te que o meu irmão tinha namorada e disse-te para o esqueceres, mas na verdade ele não tinha namorada. A partir daí nunca mais deixei que te afastasses de mim pois já estava irremediavelmente apaixonado por ti.
-Isso não responde á minha pergunta. – Informei-lhe eu tentando manter-me focada.
- Nós eramos amigos e eu sabia que se te contasse tu iriaste afastar e eu não poderia suportar isso. – Afirmou, olhei para ele durante uns segundos, por fim abracei-o novamente e recomecei a chorar pois sabia que ele tinha razão.
Não sabia o que fazer nem o que pensar, ainda não conseguia acreditar que o meu melhor amigo me amava, como um homem ama uma mulher e não como um amigo ama uma amiga. Sabia que ia ter que me afastar dele pois eu não o amo da mesma maneira. No entanto, só de pensar em afastá-lo de mim doía no mais profundo de mim, sentia-o quase como uma dor física. Ângelo pousou o queixo em cima da minha cabeça.
 – Promete-me que mesmo não correspondendo ao meu amor não te vais afastar de mim. – Ao ouvir o tom suplicante com que ele pedia isso, todos os meus pensamentos de me afastar dele desapareceram, nunca o tinha ouvido usar aquele tom de voz.
- Eu prometo. – Prometi num sussurro emocionado com a cabeça ainda no peito dele. Senti Ângelo ficar mais relaxado contra mim. Ele sabia que eu respeitava sempre as minha promessas.
Minutos depois afastando um pouco dele, Ângelo disse-me:
 – Vou embora, tu precisas de pensar, certo? – Dando-me um beijo na testa, ele afastou-se de mim e começou a ir na direção da porta de saída. Fui atrás dele. Abriu a porta de saída e virou-se para mim para se despedir mas algo mudou, pode notar no olhar dele um pouco de desespero. – Desculpa, mas já não consigo resistir mais. – Puxou-me para ele e beijou-me nos lábios com muita ternura e amor. Antes que pudesse pensar o que estava a fazer correspondi-lhe ao beijo e abracei-o incentivando-o a continuar com um gemido. O beijo passou de contido e cheio de amor para explosivo e cheio de paixão. Passado um bocado ouviu-se outro gemido e eu soube que tinha sido meu, isso fez-me acordar e afastar-me dele. No fim encostei a minha testa no peito dele e esperei que tanto a minha respiração como a dele normaliza-se. Com a testa encostada ao peito dele pude perceber que o seu coração batia muito mais rápido que o normal e finalmente comecei a perceber que ele amava-me verdadeiramente e talvez eu também o amasse, afinal nunca tinha sentido o que senti ao beijar Ângelo.
O que senti ao beijá-lo não se comparava minimamente ao que sentia ao beijar Henrique. A primeira pessoa que tinha beijado na vida tinha sido Henrique e, como sempre tinha sido apaixonada por ele, esperei que fosse ótimo, maravilhoso e todas essas coisas que os livros descrevem mas a verdade é que passei achar que beijos eram nojentos, não gostava nem um pouco de beijar Henrique. Admito que era infantilidade minha parte esperar que o que era descrito nos livros acontecesse, afinal os escritores tinham de escrever as coisas de maneira mais atrativa possível para conseguirem vender as suas histórias. Esta era uma verdade a que já estava habituada, mas o beijo de Ângelo abalou toda essa realidade, eu realmente gostei de o beijar e a última coisa que me passou pela cabeça foi a palavra nojo, em realidade não me passou absolutamente nada pela cabeça estava completamente focada no toque da sua boca na minha, no seu sabor.
Ao beijar Ângelo senti tudo o que deveria ter sentido ao beijar Henrique, senti tudo o que não deveria ter sentido ao beijar o meu melhor amigo, beijá-lo deveria ter sido como ter beijado um irmão, mas foi mais como beijar o meu príncipe encantado.
Tão distraída estava nas minhas divagações que só quando Ângelo me largou é que percebi que a sua respiração e pulsação já tinham voltado ao normal, então muito relutante afastei-me dele. Relutante porque neste momento só me apetecia esconder a cabeça no peito dele e esquecer de toda aquela confusão, entregar-me, simplesmente, a todos os novos sentimentos que tinha descoberto.
-Eu… vou embora e vou deixar-te pensar sobre… tudo o que aconteceu hoje. – Ângelo hesitou um pouco antes de fechar a porta e ir embora. A minha expressão devia ser mesmo engraça para ele hesitar.
Completamente esgotada emocionalmente, decidi ir para o meu quarto e dormir um pouco antes de pensar naquela tarde.
Duas horas depois a minha mãe acorda-me preocupada. – Estás doente filha?
-Não. – Respondi-lhe ainda com uma voz preguiçosa por causa do sono.
 -Então? Tu nunca dormes durante a tarde, mesmo em criança não o fazias.
-Só estava cansada. – Disse-lhe, como vi que ela estava realmente preocupada e não tinha ficado muito convencida, acrescentei: – Acabei com o Henrique. – Bom, não era uma verdade, mas depois do espetáculo anterior ele com certeza já não era meu namorado mesmo que eu não lhe tivesse dito com todas as letras.
-Oh! Compreendo, meu amor. – Disse a minha mãe com uma expressão conhecedora. – Eu sabia que mais tarde ou mais cedo isso ia acontecer.
-Sabias como? – Perguntei-lhe sentando-me na cama já totalmente acordada, aquilo despertou a minha curiosidade.
-Percebi desde o princípio que o Henrique andava contigo só para irritar o irmão, até me admirei por o namoro ter durado tanto. Devo dizer que tenho o Ângelo em grande consideração pelo autocontrolo dele. – A minha mãe terminou o seu pequeno discurso deixando-me ainda mais perdida no meio daquela conversa.
-Autocontrolo? – Perguntei. – O que queres dizer com isso? - Era impossível que a minha mãe soubesse que Ângelo gosta de mim, afinal eu mesma só tinha descoberto naquele mesmo dia.
-Quero dizer que o Ângelo é apaixonado por ti desde pequeno. – Explicou-me ela. – E posso apostar em como tu nunca percebeste.
-Não, nunca tinha percebido mas parece que era a única cega. – Respondi-lhe pensativamente.
-Então? O quê que vais fazer sobre isso? – A minha mãe perguntou-me sorridente.
-Não vou fazer nada, noutras circunstâncias afastar-me-ia dele mas prometi-lhe que não o faria. – Disse sem pensar.
-Ele declarou-se? – Questionou a minha mãe cada vez mais sorridente, parecia realmente animada com toda aquela historia, pena que eu não estivesse com o mesmo estado de espirito que ela. – Foi por isso que acabaste com o Henrique?
-Não. – Repliquei e antes que ela fizesse mais filmes resolvi contar-lhe o que tinha acontecido naquela tarde, ocultando a parte do beijo pois achei algo muito íntimo – curiosamente a primeira vez que beijei Henrique, a primeira coisa que fiz foi contar à minha mãe, não quis guardar isso para mim como quero guardar o beijo de Ângelo.
-E o Ângelo foi-se simplesmente embora? – Interrogou a minha mãe astutamente demonstrando novamente a sua expressão conhecedora que só as mães sabem fazer. – Tens a certeza que não aconteceu mais nada?
Sabendo que a minha mãe conhecia-me bem de mais acabei por lhe contar. – Nós beijamo-nos antes de ele se ir embora. – Disse-lhe num suspiro.
Com um sorriso compreensivo e sabedor na cara ela perguntou-me. – E como é que foi?
-Foi lindo, maravilhoso e super emocionante. Senti tudo o que sempre sonhei sentir quando beijasse o homem que amava. – Respondi-lhe um pouco sonhadoramente - cortem o “um pouco” eu devia parecer uma autentica pateta.
A minha mãe percebeu essa expressão e sorriu novamente. – Então isso quer dizer que o amas. – Concluiu a minha mãe por mim como se tudo estivesse claro como água.
-Não é tão simples assim, nós fomos melhores amigos desde sempre, se eu não tiver a certeza absoluta, não vale a pena nem sequer tentar, um romance só serviria para estragar a nossa amizade quando tudo terminasse. – Apontei racionalmente.
A minha mãe levantou-se da minha cama e disse antes de ser ir embora. – Tu é que sabes, mas pensa numa coisa, se tu não o amas como ele te ama vocês vão acabar por se separar, tu por te sentires culpada por não o amares como ele quer que tu o ames e ele por não aguentar mais estar perto de ti e não te poder tocar. É uma dura realidades, mas acredita, é a verdade.
Depois de a minha mãe se ter ido embora tornei a deitar-me na cama e a pensar em tudo o que ela me tinha dito e principalmente na última parte. Pôs-me a pensar como era possível, as coisas terem chegado aquele extremo.
Não conseguia pensar na minha vida sem ele, não conseguia sequer pensar num só dia sem ver aqueles sinceros olhos esmeralda, sem me rir da maneira desleixada e distraída de como que ele se vestia, sem ver o seu sorriso, sem ouvi-lo a meter-se comigo, ou seja, eu realmente não conseguia ver a minha vida sem ele.
Depois de pensar nisto tudo é que percebi que era isso mesmo que significava amor, não conseguir passar muito tempo sem essa pessoa, sem os seus defeitos e sem as suas qualidades. Essa verdade atingiu-me com a certeza de sempre ter amado Ângelo, só havia uma ou duas coisinhas que tinha de saber e fazer ( como por exemplo, voltar a beija-lo, tinha sido realmente incrível).
Levantei-me disparada da cama e saí o mais depressa possível em direção à casa de Ângelo. Quando a mãe de Ângelo e Henrique abriu a porta parecia muito surpresa.
 – Catarina, não espera ver-te nos próximos dias querida, o Ângelo comentou que tu ias andar desaparecida.
-Bom, Dona Isabel, ele enganou-se. – Sorri-lhe radiante, estava muito feliz agora que, finalmente, tinha posto os meus sentimentos em ordem e alem disso a descoberta do amor e sempre um motivo de alegria. – Ele está em casa? – Perguntei-lhe ansiosamente, esperava realmente que ele estivesse ou não ia aguentar, acho que ia explodir se não lhe conta-se, muito em breve, que também o amava.
-Sim, está lá em cima no quarto, ele hoje chegou a casa um pouco desanimado e trancou-se no quarto.
-Posso ir lá ter com ele?
-Podes querida, claro. – Saí disparada na direção do quarto dele, só parei quando bati com o nariz na porta. A porta estava trancada, algo  muito estranho, ele nunca tranca a porta.
Bati à porta e do outro lado ouviu dizer. – Não tenho fome, mãe.
-Não é a tua mãe. – Segundos depois a porta estava aberta e eu tinha o surpreso Ângelo á minha frente.
-Olá. – Disse quando ele não me tinha respondido nada.
-O quê que tu estás aqui a fazer? – Perguntou-me ele quebrando o silêncio inicial.
-Preciso de falar contigo.
-Achei que fosses demorar mais tempo. – Ouviu-o suspirar.
Assim que entrei e ouviu-o a fechar a porta atrás de mim perguntei-lhe. – Disseste que estás apaixonado por mim, como é que sabes? – Tinha que saber se ele realmente sentia o mesmo que eu.
Ângelo sentou-se na cama que estava à minha frente e só respondeu um tempo depois. – Sei porque mesmo que tivesse querido não conseguiria afastar-me de ti, porque quando estou contigo não consigo deixar de querer tocar-te, tu não imaginas como é difícil controlar-me e… - Ele parou, como se estivesse a por os sentimentos em ordem - Sei lá… É impossível de explicar um sentimento, sabes? Sinto um vazio no peito quando não estou contigo, sinto-me incompleto… É a melhor maneira que te consigo explicar. – Suspirou frustrado por não se conseguir explicar melhor.
-Explicaste bastante bem, obrigada. – O que ele tinha descrito era o que eu também sentia por ele. Já sabia que estávamos em sintonia nesse sentido só faltava passar para a próxima fase do meu “plano”.
Fui na direção dele, sentei-me no seu colo e beijei-o tão profundamente quanto consegui e deixei que ele percebesse todo o meu amor por ele através daquele beijo. Tal como na primeira vez o beijo foi tudo o que eu sempre tinha sonhado.
Um tempo depois Ângelo separou os nossos lábios e encostou a testa à minha. – O que isto significa? – Perguntou-me um pouco a medo, percebi que não queria ter esperanças para não sofrer ainda mais se eu não quisesse nada com ele, achei que isso tao fofo que depositei um leve beijo nos seus lábios antes de lhe responder.
-Oh! Queria saber se o que tinha sentido no nosso primeiro beijo tinha sido verdade ou apenas um sonho. – Ele olhou para mim confuso. Ri-me suavemente e esclareci-lhe. – E foi, também, para te mostrar o quanto te amo.
Os seus adoráveis olhos verdes brilharam e aí sim podia-se dizer que pareciam esmeraldas. Ele não cabia em si com tanta felicidade e esperança de que eu estivesse a falar a sério. – Estás mesmo a falar a sério? – Abanei com a cabeça afirmativamente. – E como é que percebeste?
-Não consegui imaginar a minha vida sem ti. – Declarei-lhe feliz com um sorriso enorme na cara, Ângelo com um sorriso igual ao meu ou ainda mais rasgado pegou em mim ao colo, deitou-me na cama e depois cobriu-me de beijos e sussurrou montes de promessas apaixonantes e fofas.
E nesse momento percebi que sempre tinha procurado pelo meu príncipe encantado no sitio errado. Ele sempre tinha estado comigo, eu é que tinha sido demasiado cega para o ver, felizmente tinha recuperado dessa cegueira a tempo para ser feliz.


Fim.   






quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Aviso!

Olá caros leitores :)
Somos duas amigas que adoram escrever e ler. Decidimos levar até vós os nossos contos e histórias. Esperamos que gostem.
A autoria dos contos e histórias vai ser publicada com diferentes nomes, consoante quem os escreveu.
Teremos a -Katra e a -F.
Em breve teremos um conto com o nome "Ops... Irmão errado" por -Katra.
 Por isso, esperem-nos ;)

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